No princĂpio dos tempos, uma grande nuvem espiritual envolvia o mundo, constituindo a essĂȘncia suprema; e cada criança, ao nascer, recebia uma generosa parcela deste misterioso ectoplasma que descia sobre ela e passava a ser sua alma.
Com o passar dos séculos, as populaçÔes foram aumentando e jå não havia grandes porçÔes de alma para dividir com todos os que nasciam.
Então começaram a aparecer na Terra milhares, milhÔes de pessoas com almas pequenas.
Mas até hoje, de vez em quando, um engano acontece, e ainda sobra um pedaço maior de alma para determinados seres humanos.
Assim nascem, aqui... ali, criaturas de almas grandes.
Por toda parte, na Terra, em paĂses diversos, essas pessoas de almas grandes se reconhecem e se atraem ao se verem pela primeira vez.
SĂŁo em geral simpĂĄticas, inteligentes, honestas, e se identificam imediatamente uma com as outras, como se fossem irmĂŁs.
Os casos de amor ou amizade Ă primeira vista, constituem provas concretas de que estas grandes almas existem.
A angĂșstia de viver estĂĄ em que, no caso de sermos almas grandes, passamos, Ă s vezes, uma vida inteira sem encontrar nossas parceiras genuĂnas, aquelas pessoas perfeitamente aptas a se identificarem conosco, a tornarem-se nossas maiores amigas, ou nossas grandes paixĂ”es.
E podem estar a nossa espera ali na esquina, ou num bairro que nĂŁo freqĂŒentamos, numa cidade que nĂŁo visitamos.
Todos deveriam falar com todos, sem constrangimentos, e tentar aproximaçÔes novas e freqĂŒentes.
O mundo seria bem melhor se qualquer pessoa desconhecida dissesse em plena rua:
- TaĂ... gostei de vocĂȘ... vamos tomar um cafĂ©?
Os navios não alcançam as estrelas, mas é através delas que se lançam.
Autor da mensagem: Desconhecido
Contribuição: Denise Carreira
|